Monday, February 19, 2007

Aleluia!

Religião é um negócio peculiar. Uma coletânea de coisas que a pessoa deve fazer - ou deixar de fazer - que tem por objetivo garantir ao fulano um cantinho no Paraíso. Só que aparentemente Jesus não conseguiu deixar bem claro pro pessoal exatamente que coisas seriam essas, já que hoje existem diversos tipos de religião, cada uma com seus próprios deuses, bíblias e interpretações. Todas elas com objetivos iguais, mas completamente diferentes entre si.

Considerando que existe apenas um Deus, um Jesus e um Espírito Santo, é de se imaginar que exista apenas um único modo de chegar ao Paraíso. Ou seja: tem uma porção de gente por aí rezando e pregando tudo errado. Aliás, do jeito que as coisas estão, é quase impossível alguém estar certo. Hoje existem mais de 2.000 religiões diferentes, o que faz com que uma pessoa tenha 0,05% de chances de não ir pro inferno depois que morrer.

Mas a culpa não é só dos espertinhos que usam o termo "religião" pra definir suas seitas caça-níqueis. Muita gente boa embracou nessa barca furada por uma burrice condenável, porém genuína. Quer dizer, sabendo que as palavras na Bíblia não devem ser levadas ao pé da letra e que a estupidez humana vive dando sinais de ser ilimitada, é bem provável que exista alguém aí que realmente acha que Jesus era kryptoniano ou que Adão e Eva viviam na ilha de Lost.



É claro que temos que ter bom senso e coerência na hora fazer as interpretações, mas se levarmos em conta há quanto tempo a Bílbia foi escrita, quantas vezes ela foi traduzida e por quantas pessoas, fica evidente que muita coisa provavelmente não aconteceu exatamente como é descrito. É bem povável que muitas histórias foram aumentadas - ou até inventadas. Numa dessas Jesus nem era um líder fantástico e milagroso, mas apenas um cara extremamente bem-humorado, divertido e popular. Chegava numa festa morna, e nem queria saber se não tinha salgadinho ou bebida alcoólica. Ia tratando de animar todo mundo. Contava piadas, fazia gracinhas, botava a galera pra dançar. Aí contagiava tanto o ambiente que o pessoal, animadíssimo, comentava "cara, esse Jesus é mesmo uma figuraça! Com ele numa festa, a água vira vinho!".

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