Tuesday, January 23, 2007

Ô loco, meu!

Uma das piores bobagens que sê vê por aí é a crítica desenfreada ao papel de entretenimento dos programas de televisão. É verdade que muitas vezes alguns apelam forçadamente pra atrações de extremo mau gosto, mas o caso é que a TV não deve ser encarada como uma forma do indivíduo comum atingir a erudição. Afinal de contas, se está na telinha é pra saciar a vontade dos espectadores. É o receptor que influencia o emissor, ora bolas!

Por exemplo, o Big Brother. Apesar de assistir, não sou fã do programa e reconheço que ele beira e atinge o ridículo em diversos aspectos. As festas ao vivo, por exemplo, são um saco. 15 manés dançando num quintal, "uhuuul". Haja paciência. No entanto, não vou sair por aí panfletando contra a Globo por expor sua audiência a situações sem qualquer valor intelectual. Os milhões de votos a cada paredão indicam que é exatamente isso que a galera quer ver. E quem sou eu pra contraria a vontade da galera?

Mesmo com essa consciência, questiono o formato dos programas de auditório. Eles são a mesma coisa há anos! São todos parecidos e extremamente repetitivos. É isso mesmo que o povo quer ver? Será que ninguém cansa de dramas familiares e concurso de calouros - sempre no mesmíssimo formato, diga-se de passagem - dia após dia após dia? Uma prova de que todo mundo já enjôou de tudo isso é a constante busca de novos quadros nos programas de TV estrangeiros. É uma falta brutal de criatividade.

A única atração que aparentemente vai continuar em alta na televisão é o tal do Desfile de Biquínis (ou Lingeries, ou Sutiãs... moda com menos roupa do que gente, enfim). Quase todos os dias da semana tem um desses passando. Essa eu tenho certeza que perdura. Afinal de contas, é a única em toda a história da televisão que consegue satisfazer o gosto antagônico de homens e mulheres da mesma maneira: exibindo diferentes modelos de biquíni e lingerie.

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